Conselho Administrativo de Defesa Econômica deve autorizar ação conjunta de concorrência
Iniciativa já foi adotada no setor aéreo e de telecomunicações

Foto: Divulgação / CADE
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deve firmar nesta quinta-feira (28), o acordo para permitir que empresas privadas no setor de bebidas e alimentos iniciem forma conjunta, uma tentativa de combater efeitos da pandemia do coronavírus. O tribunal do órgão deve analisar a assinatura de um memorando de entendimento entre grandes indústrias de produtos como refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos em geral.
A ideia é que as empresas possam atuar em conjunto para ajudar pequenos e médios varejistas, responsáveis por fazer seus produtos chegarem aos consumidores. Uma das ações necessárias é o fornecimento de equipamentos de proteção aos varejistas, como álcool em gel e máscaras, para que possam reabrir como portas, em um momento em que alguns estados estão flexibilizando as regras de isolamento social.
Existem exemplos de práticas de empresas que deixaram uma competição de lado para garantir uma oferta de serviços. É o caso de “malha essencial” das companhias aéreas. Em um momento de demanda baixíssima, Gol, Azul e LATAM entraram em acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para combinar a frequências semânticas de viagens para as principais cidades do país.
Da mesma forma, os cinco maiores bancos do país fizeram um anúncio em conjunto sobre o adiamento de pagamento de parcelas de empréstimos em um movimento alinhado com o Governo. Claro, Nextel, Sercomtel, Oi, TIM, Vivo e Algar Telecom se uniram em uma ação coordenada para garantir o atendimento da população.