Consumir, quitar dívidas ou poupar

Por Editorial
Ás

 Consumir, quitar dívidas ou poupar

Foto: Reprodução

Um estudo do Banco Mundial mostra que os brasileiros com hábito de investir numa poupança representam apenas cerca 5% da população. O pesar deste índice, em diversos, distintos e isolados casos, recai nas dívidas acumulativas, calotes, falência e, por consequência, empobrecimento. Com as vindouras regras da Nova Previdência que está em eminência de ser enfim sancionada, apesar de precisar, no mínimo e protocolo, de mais um turno na Câmara e o trâmite no Senado, poupar será um mecanismo para balancear finanças e chegar à velhice preparada.

Este mesmo estudo e panorama nacional são relevantes para compreender a situação das famílias brasileiras diante de uma economia ainda refazendo seus alicerces. Por certo, uma nova liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – em curso pelo Governo Federal e que deve oficializar esta medida até a próxima quarta-feira – pode trazer fôlego em curto prazo, enquanto o impacto duradouro dependerá de cada cidadão beneficiado.

É prudente fazer uso racional deste dinheiro. A expectativa do governo é que a medida injete até R$ 42 bilhões na economia. No entanto, esse vislumbre se concretizará ao depender do comportamento dos potenciais beneficiários. Não é segredo que uma considerável parcela utilizará o saque do FGTS para quitar dívidas, não para o consumo, quanto menos poupar.

Mesmo com a Nova Previdência ou com o saque do FGTS, o desafio ainda é motivar e conscientizar o brasileiro a poupar pela precaução de um futuro digno, em meio a país em recuperação – política e econômica. O aviso do Banco Mundial com estes dados persiste ao longo dos anos: o imediatismo carrega consequências duras ao futuro, principalmente em momentos emergenciais. 

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