Consumo de dados
Confira o editorial desta segunda-feira (27)

Foto: Divulgação
Devido à quarentena, seja na Bahia ou demais estados do Brasil, o período de isolamento social para conter a disseminação da Covid-19 de forma alguma desacelerou o hábito das pessoas em acessos à internet. Muito pelo contrário.
De acordo com uma pesquisa realizada pela GlobeNet, provedora de serviços de conectividade internacional por meio de sistema de cabos submarinos no oceano Atlântico que serve o Brasil, Bermudas, Colômbia, Estados Unidos, Argentina e Venezuela, o consumo de dados da internet na América Latina dobrou no último mês de março.
O levantamento mostra que o uso de videogames conectados aumentou em 60%, enquanto o consumo de conteúdo por streaming de vídeo cresceu 120%. Outro dado referente ao mês passado é sobre o tráfego pelo uso de redes sociais, que segundo a GlobeNet, alcançou um crescimento de quase 100%.
Apesar do grande número de pessoas conectadas trabalhando remotamente, informa o levantamento, o pico de consumo permanece à noite, entre 18 e 2h.
Embora o tráfego tenha aumentado como resultado do trabalho remoto, o que realmente está gerando a maior demanda da rede é o uso para entretenimento, por meio de streaming e conteúdo de jogos. Nesse contexto, operadoras e provedores têm demandado aumento de capacidade de transmissão e portas de interconexão com PTTs e CDNs para atender à crescente demanda por dados.
A intensidade que se usa a internet neste momento promove – ou deveria promover – a reflexão de boas práticas nas redes. O uso consciente da conectividade requer modos, sim, e este, no final das contas, pode ser um dos legados da pandemia.
As sugestões para evitar o congestionamento de dados são, inclusive, práticas e saudáveis para todos, como evitar a transferência compulsiva de vídeos pelo WhatsApp ou redes sociais; estabelecer horários para usar menos os serviços de streaming e pensar na sua rotina em casa que demande menos horas conectado.


