Coronavírus causa prejuízos aos floricultores
Perdas no setor chegam a 90% desde o inicio da pandemia

Foto: Reprodução/Internet
Milhões de flores estão sendo transformadas em adubo ou indo para o lixo todos os dias no país devido a pandemia de coronavírus. Com o isolamento social, festas de aniversário, noivados, casamentos e até velórios foram suspensos, deixando 8,3 mil produtores, a maioria no estado de São Paulo, sem clientela. No Brasil, oitavo maior produtor global, as perdas chegaram a 90% no início da pandemia e, nas últimas semanas, se estabilizaram em 60%. O presidente do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), Kees Schoenmaker, afirma que as demissões já começaram.
A cadeia produtiva da flor movimenta R$ 8,27 bilhões por ano e gera 210 mil empregos diretos e mais de 800 mil indiretos no País. Só em março, o setor deixou de faturar R$ 297,7 milhões, incluindo floricultores, atacado e varejo. Os mais atingidos são os produtores de flores e plantas de vaso, que são mais perecíveis. “A flor de corte representa 25% do mercado, e as vendas despencaram. A quantidade de produto que se joga fora é imensa. Hoje, nem para velório e enterro estamos vendendo flor”, diz Schoenmaker.
Ele revela que nem sempre é possível reduzir a produção, pois as mudas, encomendadas há um ano, estão plantadas e produzindo. Entre as flores mais cultivadas para corte ou vaso estão as rosas, antúrios, violetas, crisântemos, cravos, begônias, lírios e orquídeas. Devido à oferta alta e à baixa demanda, o que se vende, segundo ele, sai a preços até 50% menores.


