Coronavírus: 'prévia' do PIB despenca 9,73% em abril; número é o menor desde 2006
O Índice de Atividade, do Banco Central, é responsável por avaliar ritmo da economia brasileira

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A atividade econômica voltou a ser pressionada, mas desta vez pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que em abril deste ano, foi inteiramente afetada pelas medidas de isolamento social, como medida preventiva do vírus, que foi adotada na segunda metade de março. O Banco Central informou nesta quinta-feira (18), que seu Índice de Atividade (IBC-Br), responsável por avaliar o ritmo da economia brasileira e apontar uma espécie de "prévia", despencou 9,73%.
Esse número foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de "compensação" para comparar os períodos diferentes de um ano. Em março, por exemplo, o recuo foi de 6,16%. De março para abril, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 131,05 pontos para 118,30 pontos na série dessazonalizada. Esse é o menor valor desde outubro de 2006 (117,99 pontos).
A baixa do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre -16,00% e -8,40% (mediana em -10,24%).
Quando comparado entre os meses de abril de 2020 e abril de 2019, houve uma baixa de 15,09% na série sem ajustes sazonais. Nessa base, o IBC-Br encerrou abril em 117,89, no pior resultado para meses de abril desde 2006 (112,61 pontos).
Segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo BC na última segunda-feira (15), a projeção de analistas do mercado financeiro é de queda de 6,51% do PIB em 2020.


