Coronel adota tom apaziguador e diz encarar com 'naturalidade' chapa puro-sangue do PT
Apesar de ter ficado de fora da conjuntura, senador do PSD afirmou que ainda não há nada definido

Foto: Divulgação/ALBA
BRASÍLIA - Seguindo o mesmo passo do senador e presidente do PSD na Bahia, Otto Alencar, o senador Angelo Coronel adotou um tom apaziguador ao comentar o anúncio da chapa puro-sangue do PT baiano para as eleições de 2026, com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Jaques Wagner como candidatos ao Senado.
Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (27), Coronel disse ter visto com “naturalidade” o movimento dos caciques do PT e prezou pela unidade do grupo ao reafirmar o desejo de pleitear a reeleição.
“Não vi nenhum lançamento de chapa, vi simplesmente Wagner e Rui externar suas vontades. Rui tem a vontade de ser senador pela primeira vez e Wagner tem a vontade da reeleição, mesma coisa que eu”, afirmou o senador.
“Por enquanto, estamos na fase de planejamento. Não existe nada definido em nenhuma chapa, nem de governo nem de oposição. Vamos aguardar porque não dá para fazer futurologia agora”, completou.
Ventilada há meses, a chapa puro-sangue do PT já causou desconforto no PSD porque deixa Angelo Coronel fora da disputa na chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT), já que as duas vagas ao Senado seriam ocupadas por Rui e Wagner.
O movimento de confirmação da chapa pelos caciques do PT, feito na segunda-feira (26), gerou uma onda de críticas da oposição.
O presidente do PP em Salvador, Cacá Leão, afirmou que o PT está repetindo a mesma estratégia adotada contra João Leão em 2022. Já o prefeito da capital baiana, Bruno Reis (União Brasil), disse que esse é o modus operandi do PT, que já teria atingido a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA).