Correios recebeu R$ 224 milhões do Tesouro para continuar operando
Estatal está com endividamento geral que chega a 98,7%

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Com rombo nas contas causado por três anos de prejuízo, registrados entre 2015 e 2017, os Correios precisou contrair operações de crédito de R$ 750 milhões junto ao Banco do Brasil, segundo apontou um relatório da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Economia. A estatal também recebeu aportes do Tesouro Nacional, no valor de R$ 224 milhões, nos últimos dois anos para continuar operando.
O levantamento revela ainda que entre 2018 e 2019 a receita gerada pelos Correios, que apontou a retomada para o azul, mas não foi suficiente para saldar as parcelas de empréstimos adquiridos entre 2015 e 2017, quando acumulavam um prejuízo de R$ 5,5 bilhões.
De acordo com o Ministério da Economia, atualmente, a estatal possui uma capacidade limitada em executar o pagamento de suas obrigações de curto e longo prazo, o que a torna uma das empresas a se tornarem dependentes do Tesouro. Quando isso ocorre, o governo passa a bancar todos os custos da estatal, que são contabilizados no teto de gastos. O custo de serviços e produtos dos Correio é equivalente a 85,18/% do total da venda líquida. Hoje o endividamento geral chega a 98,7%, sendo o de curto prazo, a 33,25%.
O estudo da Sest faz parte do conjunto de esforços para a privatização dos Correios, que está previsto para ocorreu no primeiro semestre de 2022.