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Covaxin: Luis Miranda diz que recebeu oferta de propina para facilitar compra de vacina

Deputado concedeu entrevista à revista Crusoé

Por Da Redação
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 Covaxin: Luis Miranda diz que recebeu oferta de propina para facilitar compra de vacina

Foto: Agência Senado

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse, em entrevista à ‘Crusoé’, que recebeu uma proposta de propina para facilitar a compra de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Na ocasião, ele afirmou ainda que a sugestão foi feita pelo lobista Silvio Assis durante um jantar. “Na verdade, são jantares que acontecem com parlamentares. É normal um parlamentar ser chamado para eventos. Mas, da última vez que eu fui [à casa de Silvio Assis], na hora de ir embora o dono da casa me acompanhou até lá fora e usou uma expressão no seguinte sentido: "Deputado, ajuda a gente a fazer com que essas vacinas entrem aqui, e o senhor pode ter uma participação de 6 centavos de dólar por unidade",  disse.

Anteriormente, o irmão de Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, já havia relatado à CPI da Pandemia pressões para a aprovação da vacina indiana Covaxin. Contudo, o servidor não foi citado na entrevista. A revista questionou Miranda se ele considera que a oferta teria relação com uma reunião que o deputado e o seu irmão tiveram com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em março, para relatar suspeitas envolvendo a Covaxin. O deputado respondeu que não poderia “precisar” isso. A data do jantar não foi revelada.

“Não consigo precisar isso porque em nenhum momento ele fala em nome do presidente”, afirmou. Logo depois, o deputado disse que Assis “não tocou no nome” de seu irmão e que não pode dizer que imagina que o servidor era considerado um “obstáculo” para o negócio. “Por mais que não fosse a intenção corromper meu irmão, só a forma como eu entendi já foi suficiente para não ter interesse”, disse.

Ainda na entrevista, Luis Miranda disse ter ameaçado dar voz de prisão ao lobista: “Eu olhei para a cara dele e falei: ‘Tá ficando maluco?’. Ele disse: ‘Calma, deputado’. Eu falei: ‘Cara, se você repetir isso eu te dou voz de prisão’. Ele olhou pra mim de forma assustada e falou assim: ‘O que é isso, deputado? Você não entendeu. Eu não estou oferecendo para o deputado, estou oferecendo para o empresário’. Eu disse: ‘Nem para o empresário, amigo. É água e óleo. Na posição em que eu estou, como você quer que eu te ajude?’. E ele: ‘Não, deputado, esquece isso. Morreu o assunto’”.

De acordo com a revista, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), estava no jantar. Miranda, contudo, disse que é “normal” a presença de parlamentares em eventos como esse. Na semana passada, o deputado disse à CPI que Bolsonaro citou o nome de Barros ao ouvir sobre as possíveis irregularidades envolvendo a Covaxin.

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