Covid-19 forte
Confira o nosso editorial desta quinta-feira (4)

Foto: Reprodução / Agência Brasil
O Brasil voltou a ficar tensionado pela pandemia da covid-19, consequentemente, também pela economia na eminência de novo tombo. É um cenário impensável há alguns meses, em que os casos da doença do novo coronavírus parecia seguir em queda, mas as festas de fim de ano e a incapacidade de tantas pessoas em se manter longe de aglomerações, usar máscara e lavar as mãos, fez tudo voltar à estacada zero, ou pior.
Ontem, o Brasil em meio à crise da covid-19 recebeu boas e más notícias, uma dinâmica que deve se perpetuar por mais alguns meses, mas cuja melhora dependerá, principalmente, da sensibilidade dos brasileiros em preservar a própria vida e a dos outros.
Primeiro a boa notícia. Enfim, após meses de negociação, o governo federal apontou o acordo para comprar 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech a ser assinado no início da próxima semana, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Outro acordo em negociação é com a Janssen, do grupo Johnson&Johnson.
A estimativa de doses destas duas empresas é um alento à pandemia, caso se concretizar o acordo e os estados conseguir administrar bem as respectivas cargas. A proposta da Pfizer prevê a entrega de 8,715 milhões de doses até junho, 32 milhões até setembro e 59,285 milhões até dezembro. Já a Johnson&Johnson, o fornecimento de 38 milhões de doses no segundo semestre e instalação de uma fábrica de vacinas no Brasil.
Mas a má notícia, a pontual, carrega um inestimável pesar. O país registrou, ontem, 1.840 mortes, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de comunicação, um novo recorde negativo. Os números do SUS são ainda piores: 1.910 mortes.
O momento é delicado, uma corda bamba. A resiliência do vírus fragiliza e provoca um emaranhado de sensações e reações, que ciência ou fé alguma pode explicar, de tão ímpar é tudo que o mudo passa. Mas é preciso persistir, aceitar algumas medidas de segurança, se não por você, pela vida dos outros.