Covid-19: Marcelo Queiroga diz que debate sobre 3ª dose leva 'insegurança à população'

Ministro defende que ainda não há estudos sobre o tema

[Covid-19: Marcelo Queiroga diz que debate sobre 3ª dose leva 'insegurança à população']

FOTO: Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (19), durante coletiva, que o debate sobre a aplicação de uma terceira dose de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, pode causar insegurança à população. Segundo ele, esse debate é precipitado porque, até o momento, não há estudos que garantam benefícios com três doses dos imunizantes. 

“As pessoas ficam com medo. Muitas vidas já foram perdidas, e isso gera uma ansiedade. Às vezes, os gestores públicos tomam decisões baseadas naquele cenário específico, mas podem levar a uma inquietude maior. Por exemplo, não conseguimos avançar ainda em 100% da população com a primeira dose da vacina. Qual é a evidência científica disponível para que nós devamos já falar em uma terceira dose? Isso só leva mais insegurança à população”, disse.

Nesta manhã, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de testes sobre a efetividade e segurança de uma terceira dose da AstraZeneca. Logo depois, o secretário de saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, anunciou que a região iniciará um novo ciclo de imunização contra a Covid-19 no dia 17 de janeiro. O gestor alertou para a possibilidade de ser necessária reaplicação anual, como ocorre com a vacinação contra a gripe.

A criação de regras estaduais e municipais para a vacinação contra a Covid-19 tem sido alvo de críticas de Queiroga. Segundo o ministro, é necessário que as secretarias de Saúde sigam as medidas que foram pactuadas pelo Comitê Intergestores Tripartite (CIT). “Quando nós dissermos isso [necessidade de receber uma terceira dose] à população, é necessário que tenhamos uma evidência científica sólida sobre como devemos fazer, se é com o mesmo imunizante, se é com intercambialidade, se é só um booster que vai se fazer, um reforço, ou se precisamos aplicar duas doses. Tenho feito um apelo a todos os gestores para que nós sigamos a decisão do Programa Nacional de Imunização (PNI). Eles também participam dessas decisões”, afirmou Queiroga. 

O estado de São Paulo não foi o primeiro a citar a administração de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. A capital fluminense anunciou, na última quinta-feira (15), que estuda a aplicação de uma terceira dose em idosos de 80 anos ou mais, entre outubro e dezembro deste ano.


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