Covid-19: Remédios de intubação de hospitais privados podem acabar em 48h
Governo faz requisição para o SUS e evita que pacientes morram sufocados

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF
O diretor-executivo da Associação Nacional de Hospitais Privado (Anahp), Marco Aurélio Ferreira, afirmou na última sexta-feira (19), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que a iniciativa do Ministério da Saúde de requisitar medicamentos da indústria usados para intubar pacientes e destiná-los ao Sistema Único de Saúde (SUS) pode fazer com que eles acabem em até 48 horas em algumas instituições privadas.
O governo federal decidiu, nesta semana, fazer as requisições depois de receber a informação de que os estoques de sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares, essenciais para instalar o tubo de oxigênio nos doentes, poderiam terminar em 15 dias no SUS. Sem eles, não é possível socorrer pacientes graves que estão em UTIs e precisam de ventilação mecânica.
"Precisamos que o governo dialogue o quanto antes com o setor privado. Nossos estoques estão muito baixos e não estão sendo repostos pela indústria por conta das requisições administrativas que o ministério está fazendo nas fábricas", disse Ferreira. "A situação é preocupante porque os hospitais estão lotados. Alguns medicamentos podem acabar em até 48 horas", completou.
Durante a entrevista, ele disse ainda que após uma pesquisa os hospitais informaram que o estoque de medicamentos duraria de 5 a 15 dias. Com a demanda explosiva, no entanto, e o corte de fornecimento, o prazo foi reduzido.


