Ministério da Saúde cancelou compra de parte do 'kit intubação', afirma Conselho
Dos 23 itens solicitados, 13 foram cancelados por causa do preço

Foto: Reprodução/ G1
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) afirma que o Ministério da Saúde cancelou em agosto do ano passado parte de uma compra de medicamentos que compõem o chamado "kit intubação". Dos 23 itens solicitados, 13 foram cancelados sob a justificativa de "preços acima das estimativas de mercado".
Sob risco de desabastecimento, o governo federal requisitou os estoques da indústria de medicamentos usados para intubar pacientes, como sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares, que passam a ficar escassos em alguns locais do Brasil após a explosão de casos de Covid-19 nas últimas semanas.
"Considerando que o processo de compra, conduzido pelo Ministério da Saúde a partir do consolidado de demandas hospitalares dos estados, em 12 de agosto de 2020, obteve êxito parcial, tendo em vista que dos 21 itens, 13 foram cancelados, 12 no julgamento, e 1 por inexistência de proposta, sendo a situação de cancelado no julgamento motivada por preços acima das estimativas de mercado", diz trecho do relatório.
"O desabastecimento desses medicamentos coloca em risco toda a estrutura planejada para o atendimento de saúde durante a pandemia do novo coronavírus, pois mesmo com leitos disponíveis, sem esses medicamentos não é possível realizar o procedimento, podendo levar todo o sistema de saúde ao colapso", alerta outro trecho.
O CNS é um conselho que gerencia a saúde no Brasil. É responsável "por realizar conferências e fóruns de participação social, além de aprovar o orçamento da saúde e acompanhar a sua execução".


