CPI da Covid: terceira semana começa com a certeza de que Pazuello pode não responder questões sobre a gestão dele

A CPI da Pandemia entra na terceira semana de depoimentos já com a certeza de que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, poderá não responder questões sobre a gestão dele durante os 10 meses que atuou no combate à pandemia. O benefício de ficar em silêncio foi dado na sexta-feira (14), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, em resposta a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). De toda forma, Pazuello poderá responder sobre outras pessoas, já que ele foi convocado como testemunha, não como investigado. 

A audiência de Pazuello é a mais esperada até aqui, porque além de ser o ministro que atuou mais tempo durante a pandemia, era ele que estava no cargo quando a Pfizer fez uma oferta de 70 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 ao Brasil, segundo informação do presidente regional da empresa na América latina, Carlos Murillo. Em fevereiro deste ano, durante sessão no Plenário do Senado, Pazuello afirmou que a oferta tinha sido de 6 milhões de doses. 

Ainda sobre as audiências, além de Pazuello, que deve comparecer à CPI na quarta (19), está previsto para terça (18) o testemunho do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, que deve falar sobre como foi feita a diplomacia brasileira, principalmente em relação à China. E,  na quinta, está previsto o depoimento de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde. Mayra é conhecida nas redes sociais como "capitã cloroquina" e recorreu ao Supremo pelo direito de permanecer calada.