CPI das Fake News inicia com bate-boca entre Randolfe e Feliciano
Bate-boca acontece após discussão dos dois pelas redes sociais

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) das Fake News, que investiga a divulgação de notícias falsas nas redes sociais e assédio virtual, ouviu nesta terça-feira (5), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP). A sessão começou com um bate-boca entre os dois parlamentares. A briga teve início por conta de um áudio que o pastor enviou para o presidente do PSL no Amapá, Pastor Guaracy Júnior. Na mensagem, Feliciano pede ajuda para que internautas visitem os perfis de Randolfe no Facebook e Twitter para 'espancá-lo'.
Logo na primeira palavra, Marco Feliciano se queixou que Randolfe apresentou um requerimento para que ele depusesse na CPI e disse que o senador estaria agindo em causa própria, pro motivo de vingança e que poderia levá-lo à Procuradoria Geral da República por isso. “Ele quer instrumentalizar essa comissão, instrumentalizar os colegas e usar de vingança. Ele disse que denunciaria o presidente da República por obstrução de justiça e eu disse que o crime não existia. “No áudio, eu falo espancamento, que eu quero que peguem pesado. Mas não paguei. Não contratei robôs”, argumentou.
O senador Randolfe respondeu mostrando o áudio na comissão. Depois, rebateu o parlamentar. “‘Esse senadorzinho precisa de um trato’? Presidente, espancar, não pode ser uma linguagem, primeiro, cristã. O cristo que eu conheci ensinou a dar a outra face. Foi espancado, torturado. Ensinou a linguagem do amor, da paz. Não é linguagem cristã. É isso que essa CPMI está discutindo, a linguagem do ódio, que não pode ser uma linguagem da política”, disparou.