CPI termina semana sem definição sobre prorrogação de prazo

Os depoimentos na CPI da Pandemia só retornam na próxima semana e ainda há expectativa sobre os próximos desdobramentos das denúncias de irregularidades em compras de vacinas contra o novo coronavírus, bem como se os trabalhos serão prorrogados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem indicado que o prazo da Comissão será alongado, até por uma garantia constitucional, já que existem assinaturas suficientes para tanto.

Tanto o relator da CPI, Renan Calheiros, quanto o presidente, Omar Aziz, cobraram publicamente Pacheco. Para eles, há necessidade de novos depoimentos para esclarecer as denúncias e, até mesmo o período que seria destinado ao recesso parlamentar, deveria ser para as reuniões. "No momento em que todos os dias morrem pessoas pela pandemia, a gente não tem o direito de ter recesso, nossa obrigação é trabalhar sem parar", falou Aziz.

Renan Calheiros destacou que não deve haver acordo para o recesso. "No momento em que nós acessamos a corrupção, não se pode paralisar os trabalhos da CPI. Em nome de quem faremos isso? A sociedade não pode aceitar, eu como relator, sinceramente, não aceito isso", registrou.

Aliado de Jair Bolsonaro na CPI, o senador Marcos Rogério, afirmou que é preciso esclarecer os contratos de compras do ministério da Saúde, mas que os senadores também precisam avaliar os gastos feitos nos estados. "Eu aprovo todos os requerimentos que buscam apurar corrupção, seja no ministério da Saúde, nos estados e municípios e, se pra isso tiver que alongar a duração da CPI, contem comigo. Agora, pra continuar sendo esse circo de horrores, constrangimento ilegal de algumas autoridades, com foco no jogo pré-eleitoral, aí é outra história, não contem comigo", registrou.

Marcos Rogério é contra a continuidade dos trabalhos da Comissão durante o período de recesso parlamentar.