Crenças limitantes ainda afetam o empreendedorismo feminino

Proporção de mulheres negras que possuem CNPJ é a metade das mulheres brancas

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Crenças limitantes ainda afetam o empreendedorismo feminino

Foto: Reprodução / Freepik

A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2018 aponta que dos negócios abertos no ano passado, 50% são liderados por homens e 50% por mulheres. No entanto, esse equilíbrio não se reflete na motivação para abrir uma empresa. O grupo das mulheres apresentou uma proporção maior no quesito necessidade (44%), contra 32% no caso dos homens.

Para a coordenadora nacional do Projeto Sebrae Delas Mulher de Negócios, Renata Malheiros, que veio à Salvador esta semana para o lançamento da iniciativa, as crenças limitantes ainda afetam o empreendedorismo feminino, já que as principais atividades das mulheres empresárias são voltadas para os setores de alimentos e bebidas,vestuário e beleza. Ela acredita que a mulher precisa marcar presença também em setores altamente inovadores como robótica, biotecnologia e tecnologia da informação.

“Os motivos que dificultam o empreendedorismo feminino são 100% culturais. Precisamos trabalhar a autoconfiança, a liderança e capacidade de falar em público”, disse. Para Renata, as mulheres negras empreendedoras ainda enfrentam mais dificuldade que as brancas.

A Bahia é o estado que tem a maior participação de mulheres negras donas de negócios. Empresas de mulheres são mais formalizadas: 31% das mulheres possuem CNPJ, enquanto que as dos homens o porcentual é de 29%, no entanto, a proporção de mulheres negras que possuem CNPJ é a metade das mulheres brancas. As mulheres negras donas de negócio faturam 49% menos que as brancas.

Projeto 

A Bahia é um dos 11 estados contemplados com o projeto piloto do Sebrae, que atuará em dois anos (2019 e 2020). O objetivo é promover o empreendedorismo feminino; estimular mulheres a empreender e aumentar a competitividade dos negócios liderados por mulheres.

Segundo o Sebrae, entre as linhas de atuação estão: identificação de tendência e oportunidades de negócios e desenvolvimentos de curadoria; sensibilização para o empreendedorismo feminino; e criação, identificação e fortalecimento de redes parceiras. 

As ações do projeto visam promover 5% de faturamento para empresárias. Desde março deste ano, quando iniciaram as atividades no estado, já foram 621 empresas atendidas e 25 eventos realizados. A iniciativa tem como parceiros no estado: a Fecomércio, a Câmara da Mulher Empresária, a Rede Mulher Empreendedora, o Instituto Rede Mulher Empreendedora e o Grupo Mulheres do Brasil.
 

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