Crise faz mais de 2,1 milhões de famílias entrarem na fila do Bolsa Família
Desemprego e fim do Auxílio Emergencial têm levado cada vez mais famílias a buscarem o programa

Foto: Reprodução/Jornal Contábil
Mais de 2,1 milhões de famílias estavam na fila de espera pelo Bolsa Família no país em dezembro, segundo os dados do Grupo de Trabalho Vigilância Socioassistencial Nordeste/Comitê Técnico Assistência Social no Consorcio Nordeste, com base em informações do Ministério da Cidadania, da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) e do sistema de Consulta, Seleção e Extração de Informações do CadÚnico (Cecad).
Os indicadores mostram que o aumento do desemprego e o fim do Auxílio Emergencial têm levado cada vez mais famílias pobres a buscarem o programa de transferência de renda. Em São Paulo, que aparece no topo do ranking dos estados, 426.910 famílias estão na fila para serem aceitas no programa social. Na Bahia, o número de famílias em busca do beneficio é de 180.420, o que fez o estado ocupar a 4ª colocação no ranking.
Em fevereiro deste ano, o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família era de 14.264.964, com valor médio pago de R$ 186,83. Os dados do governo mostram ainda que o número de famílias beneficiadas tem se mantido estável no patamar de 14 milhões desde abril de 2020.
De acordo com o Ministério da Cidadania, nos últimos 10 anos o contingente atendido pelo Bolsa Família oscila entre 13 e 14 milhões de famílias. E desde abril de 2020, o número superior a 14 milhões representa a maior média da história do benefício.


