Crise na confederação atrapalha preparação das Seleções Brasileira de Handball
Atletas vivem incertezas em meio a ano pré-olímpico

Foto: Reprodução/COB
A CBHB (Confederação Brasileira de Handball) passa por uma de suas crises mais graves da história com o afastamento do presidente eleito, Manoel Luiz Oliveira, por conta de uma decisão judicial envolvendo uma acusação de mau uso do dinheiro público durante o Campeonato Mundial de 2011, sediado no Brasil.
O vice, Ricardo Souza, cumpre suspensão de dois anos estipulada pelo conselho de ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil) por acusação de assédio sexual durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, porém, assim segue no cargo da entidade por meio de uma liminar. Já o terceiro da linha sucessória, Jefferson Oliveira, é presidente de um time de futebol em Manaus, o Rio Negro, e não cogita assumir o cargo.
Dentro da quadra
A situação fez com que muitos atletas, incluindo a melhor jogadora do país na atualidade Duda Amorim, que atua do Gyor, da Hungria, e uma das maiores atletas da história, Dani Piedade, escrevessem uma carta aberta dizendo que a maioria da comunidade do handebol está incomodada com o fato de Ricardo Souza seguir no cargo apesar da punição imposta pelo COB.
Toda essa questão também afeta a seleção masculina que ainda não está classificada para as Olimpíadas. Após o bronze no Pan de 2019 e a perda da vaga olímpica, Washington Nunes foi demitido do cargo de técnico. Mas, quando Manoel reassumiu o comando na Confederação em março deste ano, ele demitiu o espanhol Daniel Gordo, que ficou como técnico do time por menos de seis meses, e recontratou Washington. Com o afastamento de Ricardo, Washington foi demitido novamente e desde então, a seleção é comandada por Marcos Tatá.