Existe uma eminente tensão no mundo. Forças medidas entre grandes nações para determinar uma supremacia comercial, governos que apertam o cerco contra a imigração e principalmente contra refugiados, além de tentativas de ingerências em território alheio. Pelas bandas do Brasil, na América do Sul, as democracias se seguram como podem, e às vezes não resistem, para controlar as taxas cambiais do dólar e conseguir ser competitivo lá fora, num mercado mais moderno e mais organizado.
Explorar a crise internacional nunca foi e nunca será a melhor forma de se esquivar de problemas – internos e externos. Hoje, a política econômica do Brasil que se mostra um sólido pilar do governo Bolsonaro, tem o ministro Paulo Guedes inclusive longe dos holofotes e garras midiáticas, o que o possibilita executar seu trabalho com integridade e tranquilidade.
O país não está imune à tensão mundial de um novo colapso, no entanto, avança em acordos bilaterais enquanto arruma a carra internamente.
O desconforto é no campo político, onde existem muitos brasileiros, da sociedade civil a autoridades, que insistem em repercutir da pior maneira possível qualquer embate do governo, seja o presidente Jair Bolsonaro ou seus ministros, com figurões internacionais, do presidente da França, Emmanuel Macron, à ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, atual alta comissária da Onu para Direitos Humanos.
A responsabilidade da governabilidade também é do assistido, isto é, de quem é impactado pelas ações e reações do governo. Não se pode, e sequer deve, tentar fazer com que discursos das autoridades do governo sejam apenas alinhados a uma utópica cordialidade, que não é praticada inclusive por muitos dos seus críticos.
É preciso ponderar, refletir, mas de forma sensata, sem espetacularização do contexto, afinal, são estes mal-estares e destemperos, as famosas tempestades em copo d’água, que podem abalar relações e trazer nuvens negras ao futuro – tudo o que não precisamos neste momento de recuperação.