Cuidados Importantes ao usar medicamentos para disfunção erétil
Pacientes com problemas cardíacos devem estar atentos aos riscos associados

Foto: Getty Images/BBC News Brasil
Os medicamentos para disfunção erétil, conhecidos como auxiliares de muitos homens na hora H, registraram um aumento nas vendas online nos primeiros sete meses deste ano. No entanto, é importante destacar que pessoas com histórico de problemas cardíacos precisam ter cautela ao utilizá-los. As informações são do R7.
Esses medicamentos promovem a vasodilatação, sendo sua ação primária direcionada ao pênis. Como consequência dessa dilatação, ocorre a ereção, conforme explica o urologista Alex Meller, membro da EPM/Unifesp (Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo). "Isso explica alguns dos efeitos colaterais, como aumento da frequência cardíaca, rubor facial ou congestão nasal. Essas reações estão relacionadas à vasodilatação."
O cardiologista João Vicente da Silveira, do Hospital Sírio-Libanês, ressalta que os medicamentos para disfunção erétil são indicados para pessoas que enfrentam dificuldades de ereção ou têm ereções fracas. No entanto, ele alerta que aqueles que estão sob tratamento com nitratos não devem fazer uso desses medicamentos, pois isso pode resultar em uma interação medicamentosa e na redução da pressão arterial, levando a complicações graves.
"Quando você utiliza medicamentos para disfunção erétil em um paciente já em tratamento com vasodilatadores, pode ocorrer uma dilatação excessiva, o que pode ser realmente perigoso. Por isso, ao prescrever, é essencial considerar quais outros medicamentos o paciente está tomando para garantir sua segurança", argumenta o urologista. Portanto, pacientes com condições cardíacas podem experimentar os efeitos da vasodilatação de maneira imediata, destaca o cardiologista.
Sobre o uso por pessoas mais jovens, os médicos afirmam que não há riscos associados, a menos que apresentem problemas cardíacos. "Para pacientes jovens que usam o medicamento sem prescrição médica, pode haver um efeito psicológico de dependência. Eles podem não precisar do medicamento, mas o usam recreativamente, o que pode gerar insegurança quando não estão sob seu efeito", explica Meller.
Silveira recomenda que os pacientes, antes de iniciar o uso de medicamentos para disfunção erétil, realizem exames para avaliar os níveis de colesterol, diabetes, triglicerídeos e função tireoidiana, além de exames físicos e medição da pressão arterial, para assegurar a segurança do tratamento. "A dose segura de medicamentos para disfunção erétil é de até 100 miligramas em um único comprimido, uma vez ao dia. Qualquer dose acima disso não foi testada e não tem comprovação de eficácia", conclui Meller.