Custo Brasil encarece produtos industriais em 25,4%, afirma Fiesp
No estudo, foram considerados os 15 principais parceiros comerciais brasileiros
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O chamado Custo Brasil encarece os produtos industriais nacionais em 25,4%, revela um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), divulgado nesta quinta (8).
Como mostra o levantamento, a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) como parte de uma reforma tributária poderia reverter esse cenário. Para obter os dados, o estudo comparou a diferença de custos de produção entre uma empresa no Brasil e outra com características similares operando no exterior.
Na análise, foram considerados os 15 principais parceiros comerciais brasileiros: China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Coreia do Sul, Japão, Itália, França, México, Índia, Espanha, Reino Unido, Suíça, Chile e Canadá.
O grupo representa três quartos da pauta de importados em bens industriais e responde por 72% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Dessa forma, o exame analisa pontos que diferem o Brasil desse conjunto de países.
O item que apresentou o maior impacto na elevação dos preços dos bens industriais brasileiros foi a tributação, com 13%. O país teve carga tributária de 33,4% do PIB, enquanto em outros países foi registrado 26,4%.
Em seguida, aparecem os juros, com peso de 6,1%. Para esse item, as entidades consideraram tanto o peso da Selic (a taxa básica de juros) quanto das taxas em financiamentos de instituições bancárias. De 2008 a 2019, a taxa média real foi de 4,2%, total superior ao 0,2% nos 15 países da amostra.
Também aparecem como itens que contribuem para o Custo Brasil: Matérias-primas e energia (3,7%), logística (1,5%) e carga extra com benefícios sobre a folha de pagamentos (0,8%).
