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"Dança conforme a música", diz Dilma após declaração de Rodrigo Maia sobre o impeachment dela

Maia afirmou ter votado com "muita convicção"

Por Da Redação
Ás

"Dança conforme a música", diz Dilma após declaração de Rodrigo Maia sobre o impeachment dela

Foto: Reprodução

Após declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que manteve a convicção sobre a aprovação do impeachment de Dilma Roussef, a ex-presidente comentou o caso declarando que "o deputado não tem compromisso com a democracia ou com o povo brasileiro" e que o presidente da Câmara "a conduta dócil não afronte aos interesses reais das tropas bolsonaristas. Rodrigo Maia dança conforme a música", escreveu ela em nota nota à imprensa nesta terça-feira (4). 

Rodrigo Maia foi o entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda (3), e afirmou não se arrepender do voto que deu em 2016. "A questão do impeachment da presidente Dilma estava dado, votei a favor com muita convicção e tenho até hoje essa convicção".

Confira a nota completa emitida pela ex-presidente:

“Não surpreende as declarações do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) reiterando sua posição favorável ao meu impeachment e descartando a possibilidade de abrir um processo de afastamento de Jair Bolsonaro da Presidência da República.

O deputado não tem compromisso com a democracia ou com o povo brasileiro. Seu compromisso é com a manutenção da atual política econômica, responsável pelo aumento da desigualdade social e com a agenda neoliberal nefasta imposta pelo ministro Paulo Guedes.

A manifestação do presidente da Câmara em favor da manutenção do atual governo, feita no programa ‘Roda Viva’, diz mais sobre a sua percepção da política brasileira do que sobre o desejo de defender a democracia.

“No caso do presidente Bolsonaro, não tenho elementos para tomar uma decisão agora sobre esse assunto”, disse Rodrigo Maia. “Impeachment é uma coisa que devemos tomar muito cuidado, não pode ser instrumento para solução e crises. Tem que ter um embasamento para essa decisão e não encontro ainda nenhum embasamento legal”.

O presidente da República se atira contra as instituições democráticas, apoiando manifestações em defesa do fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

Negligencia o combate à pandemia, segurando o repasse de recursos a governadores e prefeitos.

Nomeia um general intendente sem experiência na saúde pública para ocupar o Ministério da Saúde em meio à mais grave crise sanitária dos últimos 100 anos.

Nada disso parece sensibilizar Rodrigo Maia e demonstra o caráter pusilânime de sua liderança.

O parlamentar diz não ter convicções para apoiar um processo de impeachment contra um genocida como Jair Bolsonaro, mas não se furtou a defender meu afastamento do governo, mesmo sem crime de responsabilidade, como determina a Constituição Federal.

Certamente porque as supostas divergências políticas que diz ter com Bolsonaro são de pequena monta já que não o impedem de manter cargos na estrutura do atual governo. Ou ainda assegurem que sua conduta dócil não afronte aos interesses reais das tropas bolsonaristas. Rodrigo Maia dança conforme a música.

Sua visão utilitarista da política, que serve para a manutenção de privilégios e do status quo, tão ao gosto de conservadores como ele mesmo e os que o apoiam – as classes dominantes do país, incluindo seus braços político e empresarial –, é a mesma das oligarquias que governaram o país por mais de 500 anos.

Também é a negação da esperança, da Justiça Social e da luta por um país mais justo e solidário.

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E, nos dias atuais, da defesa e da garantia da vida.

É o que, sem dúvida, permitiu a ascensão de Jair Bolsonaro e da extrema-direita em 2018.

Os conservadores apoiam o bolsonarismo porque é o que garante aos ricos ficarem mais ricos, enquanto metade do país vive com menos da metade de um salário-mínimo”.

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