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Delegados federais aprovam estado de greve e pedem renúncia de Ministro da Justiça

Categoria não recebeu resposta positiva sobre a reestruturação das carreiras policiais da União

Por Da Redação
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Delegados federais aprovam estado de greve e pedem renúncia de Ministro da Justiça

Foto: Marcos Corrêa/PR

Em assembleia extraordinária realizada segunda (2) e terça-feira (3), a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) aprovou uma greve da categoria e um pedido de renúncia de Anderson Torres do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.

“Entre os pontos aprovados pelos delegados de Polícia Federal está a realização de paralisações parciais e progressivas, cujo calendário será definido em conjunto com as demais categorias da Polícia Federal”, informa nota divulgada pela ADPF. 

 A categoria também aprovou ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF. 

Confira a nota da ADPF:

 

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) informa que foram aprovadas, em Assembleia Geral Extraordinária realizada entre os dias 2 e 3 de maio, medidas propostas pela categoria como resposta ao posicionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, de não promover a reestruturação das carreiras policiais da União, conforme havia prometido. 

Entre os pontos aprovados pelos Delegados de Polícia Federal está a realização de paralisações parciais e progressivas, cujo calendário será definido em conjunto com as demais categorias da Polícia Federal. 

Foram aprovadas, ainda, ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF. 

Os Delegados de Polícia Federal aprovaram ainda o pedido de renúncia do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública ao Delegado de Polícia Federal Anderson Gustavo Torres pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro. 

Ademais, ficou decidido pela categoria que os associados poderão entregar cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos. 

A ADPF reforça a gravidade do momento e do posicionamento do presidente da República, que, depois de se comprometer publicamente e já com orçamento reservado para a reestruturação das carreiras, decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF. 

A entidade continuará alertando à sociedade que a desvalorização dos Policiais Federais implica, diretamente, no enfraquecimento do combate à corrupção e ao crime organizado. 

É vergonhoso, sobretudo em um governo que se dizia pautar pela segurança pública o atual estágio a que estão submetidos os policiais, com significativas perdas como: desamparo a família do policial morto em serviço; redução real do salário, ante o aumento da alíquota da contribuição previdenciária; trabalho em regime de sobreaviso NÃO remunerado ou compensado; diárias cujos valores não pagam todos os gastos do policial com hospedagem, alimentação e transporte durante a missão, tendo o servidor que custear o restante com o próprio salário; ausência de profissionais capacitados para dar apoio psicológico aos servidores (há 12 psicólogos em toda a polícia federal para atender 12 mil policiais), quando a Polícia Federal possui um dos maiores índices de licença por transtornos psicológicos, incluindo suicídios, em toda a esfera federal. 

É importante destacar que a segurança pública foi a MAIOR bandeira de campanha do governo Bolsonaro e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição. Os policiais federais merecem respeito. Investir em Segurança Pública é investir em seu principal ativo: o policial. 

Na Polícia Federal aprendemos desde cedo os valores da ética, da palavra e da honra. Esperamos que esses valores também sejam compartilhados por todos os integrantes do Governo Federal.

Continuaremos coesos na busca pelo cumprimento da palavra empenhada."

 

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