Deputado Fábio Teruel destinou emenda milionária para recapear condomínio de luxo em SP, após discussão com Simone Mendes; entenda
Após a fuga do cão da cantora render uma briga nas redes sociais, foi descoberto que o deputado federal Fábio Teruel (MDB) destinou mais de R$ 2,2 milhões para recapear ruas do condomínio onde mora

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Instagram
Uma troca de farpas entre o deputado federal Fábio Teruel (MDB) e a família da cantora Simone Mendes foi o pontapé para a revelação de que o parlamentar desviou mais de R$ 2,2 milhões em emendas parlamentares para recapear ruas do condomínio de luxo onde vive, em Barueri, na Grande São Paulo.
A confusão começou após o cachorro de Simone, Jack, fugir pela terceira vez, em setembro do ano passado, na véspera das eleições municipais. O parlamentar encontrou o cachorro e publicou um vídeo nas redes sociais repreendendo a cantora.
Segundo ele, Jack foi encontrado "caído na piscina da casa [em obras] do lado de vocês, que parece que é da Simaria".
O marido da cantora, o empresário Kaká Diniz, não gostou do puxão de orelha público e respondeu ao vídeo, alertando seus seguidores sobre políticos que tentam "criar polêmica para hippar em rede social, gerar mídia e tentar voto".
Antes da confusão, não era possível saber o endereço de Teruel, pois ele não declarou o imóvel à Justiça Eleitoral. Com o vídeo, ficou entendido que ele morava no Residencial Tamboré I, na região de Alphaville, também conhecido como a "Beverly Hills paulista".
Segundo o G1, parte dos R$ 11 milhões em emendas parlamentares enviados por Teruel à cidade onde mora foi utilizada para recapear as ruas do condomínio de luxo. A informação foi confirmada através de documentos da Prefeitura de Barueri.
A legislação brasileira proíbe os parlamentares de destinar emendas para benefício próprio, podendo configurar improbidade administrativa. No entanto, o deputado afirma que a emenda foi destinada para a "melhoria da infraestrutura urbana" de Barueri e que a decisão do destino delas cabe, única e exclusivamente, às Prefeituras".
Já a Prefeitura de Barueri alegou que as vias internas do Residencial Tamboré I são públicas e a manutenção é dever do Poder Público Municipal. Além disso, ela reforçou que a seleção das áreas recapeadas foi baseada em laudos de engenharia que apontam um alto grau de degradação do pavimento daquela região.