Direito ao ar saudável
Confira o editorial desta terça-feira (16)

Foto: Arquivo/Agência Brasil
A poluição atmosférica refere-se a mudanças da atmosfera terrestre, susceptíveis de causar impacto a nível ambiental ou de saúde humana, por meio da contaminação por gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão, material biológico ou energia.
A adição dos contaminantes pode provocar danos diretamente na saúde humana ou no ecossistema, podendo estes danos serem causados diretamente pelos contaminantes, ou por elementos resultantes dos contaminantes.
Segunda a Organização Mundial da Saúde, cerca de 7 milhões de mortes prematuras são atribuídas em cada ano à poluição do ar. Globalmente, a poluição atmosférica é ainda responsável por mais mortes do que numerosos outros fatores de risco.
A maior parte da poluição de centros urbanos, como Salvador, é causada por veículos; a fumaça que polui mata precocemente 4.700 pessoas por ano na cidade. Em outras palavras, estamos falando de mortes que poderiam ser evitadas
Para além de mortes, pode igualmente reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores desagradáveis.
Esta poluição causa ainda mais impactos no campo ambiental, tendo ação direta no aquecimento global, sendo responsável pela degradação de ecossistemas e potenciadora de chuvas ácidas.
O direito a um ar saudável é um direito humano, no entanto, a poluição atmosférica está no âmago da injustiça social e das desigualdades mundiais. Muitos trabalhadores continuam a trabalhar em locais muito poluídos, expostos a doenças profissionais, entre outras questões.