Discussão entre relator Alfredo Gaspar e ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto interrompe sessão da CPMI
Stefanutto se recusou a responder perguntas, o que gerou tensão com o relator da CPMI
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A oitiva do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, na CPMI do INSS, foi suspensa por alguns minutos após um desentendimento entre ele e o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), nesta segunda-feira (13).
Durante a sessão, Gaspar e Stefanutto trocaram acusações e chegaram a apontar o dedo um para o outro. O episódio ocorreu depois que o ex-presidente da autarquia se recusou a responder à primeira pergunta do relator, sobre a data de ingresso no serviço público. Stefanutto alegou que a resposta poderia ser usada contra ele, mencionando que Gaspar havia feito “pré-julgamentos” anteriores.
O deputado reagiu, afirmando que a recusa violava os limites do habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante ao depoente o direito de permanecer em silêncio apenas sobre questões que possam levá-lo à autoincriminação. Gaspar chegou a ameaçar decretar prisão em flagrante, mas líderes da CPMI intervieram e negociaram com o advogado de Stefanutto a continuidade da audiência.
Em outro momento, Gaspar perguntou sobre uma reportagem que citava um advogado supostamente pedindo propina a empresas em nome de Stefanutto. O ex-presidente do INSS negou e afirmou que a pergunta era desrespeitosa. O relator respondeu: “Me respeite, rapaz, sendo cabeça do maior roubo de aposentados e pensionistas.”
Após o embate, a sessão foi interrompida a pedido da defesa. Ao deixar a mesa, Stefanutto voltou a dizer “me respeite” e levantou o dedo em direção a Gaspar, que retribuiu o gesto.
