A Dívida Pública do Brasil deve chegar ao final do ano no patamar de 98,24% segundo projeções feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal situação se deve aos gastos do governo para sustentar a economia em virtude da pandemia do novo coronavírus. A dívida está hoje em 89, 51% do Produto Interno Bruto (PIB). Em um conjunto de 36 países emergentes e de renda média, o porcentual será inferior apenas ao de Angola, de 132,24% do PIB no fim deste ano.

O aumento da dívida bruta é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências de classificação de risco, da capacidade de solvência de um país. As projeções do FMI não incluem três países emergentes – Líbia, Argentina e Venezuela, por não entregarem informações ou não terem dados confiáveis. Ainda assim, as estimativas mostram que o Brasil terá, após a pandemia, uma dívida bruta bem superior à média de seus pares emergentes (62% do PIB no fim de 2020 e 64,5% em 2021).

Em função da pandemia, todos os governos ao redor do mundo elevaram os gastos para minimizar os efeitos do isolamento social sobre a economia. As projeções do FMI mostram, por exemplo, que o déficit primário brasileiro deve chegar a 5,17% do PIB em 2020.