Dois em cada três brasileiros são a favor do certificado de vacinação, indica pesquisa da CNI
Ainda de acordo com o levantamento, 22% se mostraram contrários ao passaporte da vacina

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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada entre os dias 18 e 23 de novembro, aponta que dois em cada três brasileiros, um percentual de 65%, são favoráveis a exigência do comprovante de vacinação contra a Covid-19 nas lojas, centros e demais estabelecimentos comerciais, como condição para os clientes frequentarem o local. O levantamento mostrou ainda que apenas 22% são contrários a essa prática.
Conforme dados, essa prática da exigência do chamado passaporte da vacina, ainda não está disseminada. Somente 18% das pessoas que responderam à pesquisa tiveram de comprovar a vacinação em algum dos lugares que frequentaram nos três meses anteriores.
A enquete foi conduzida antes do passaporte da vacina entrar no centro de debates no Brasil e indicou que 66% dos entrevistados têm medo do convívio diário com quem não tomou nenhuma dose da vacina contra a Covid-19.
Outro levantamento, desta vez realizado antes da descoberta da variante Ômicron, revela que 65% dos brasileiros vacinados têm medo de frequentar lugares públicos, como shows e eventos; por sua vez, o percentual cai para 39% entre aqueles que não se imunizaram.
Em geral, essa é a atividade que mais desperta algum tipo de temor entre os entrevistados, considerando imunizados ou não. Sessenta e um por cento deles afirmam que têm medo muito grande (16%), grande (22%) ou médio (23%) de ir a shows ou eventos.
Já trabalho presencial é a atividade que menos assusta os entrevistados: 23% afirmam que têm medo muito grande (8%) ou grande (15%), e 27% dizem que o medo é médio.
Em relação ao uso da máscara, a maioria (66%) dos que já não fazem uso da proteção são a favor do fim da obrigatoriedade, enquanto 25% são contra. Já entre os que mantêm a rotina em todos os lugares, 56% são contra o fim da obrigatoriedade e 30% são a favor.
De todos os entrevistados, 36% afirmam que continuar usando uma máscara de proteção em algumas hipóteses e outros 35% dizem que seguirão usando mesmo depois que elas deixarem de ser obrigatórias, enquanto 28% deixarão de usar assim que a não obrigatoriedade foi emitida pelos órgãos de saúde. Dois por cento não opinaram.
"O crescimento econômico, a geração de emprego e renda serão mais intensos na medida em que conseguirmos acabar com a pandemia dà Covid-19 ", comentou o presidente da confederação, Robson Braga de Andrade, na divulgação dos resultados.
Ao todo, 2.016 pessoas com idade a partir de 16 anos foram entrevistadas presencialmente, com uso de tablets, pelo Instituto FSB Pesquisa nos 26 estados e no Distrito Federal . A margem de erro no total da amostra é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A amostra foi controlada a partir de cotas de sexo, idade, região e escolaridade.
Após a pesquisa, foi aplicado um fator de ponderação para corrigir distorções em relação ao plano amostral. O envelhecimento ao arredondamento, a soma dos percentuais pode variar de 99% a 101%.