Dólar apresenta queda e fecha o dia em R$ 4,74

Patamar é o menor atingido pela moeda norte-americana desde o início da pandemia

Por Da Redação
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Dólar apresenta queda e fecha o dia em R$ 4,74

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O dólar caiu pela oitava vez seguida e atingiu, nesta sexta-feira (25), o menor valor desde o início da pandemia de Covid-19, fechando o dia vendido a R$ 4,747. A bolsa de valores alternou altas e baixas ao longo do dia, mas fechou com leves ganhos, próxima da estabilidade. 

Entre as motivações que levaram a baixa da moeda norte-americana está a migração de capitais externos para a América Latina, além dos juros altos.

O dólar comercial encerrou o dia com recuo de R$ 0,085 (-1,47%). A cotação operou em queda durante toda a sessão e fechou próxima da mínima diária.

O valor cotado da moeda norte-americana é o menor desde 11 de março de 2020, quando tinha fechado a R$ 4,72. A data anterior é correspondente ao dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia global de Covid-19.

No acumulado da semana, o dólar caiu 5,35%. A queda acumulada é de 7,92% em março e de 14,86% em 2022.

Mesmo com esse aspecto, o mercado de ações teve um dia de tensão. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.081 pontos, com leve alta de 0,02%.

O maior indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3, iniciou o dia em alta, chegando a subir 0,56% nos primeiros minutos de negociação, mas acabou perdendo força ao longo do dia e alternou altas e quedas com o recuo de ações de empresas exportadoras de commodities (bens primários com cotação internacional). 

Mesmo com os valores menores que o esperado, o Ibovespa tem o maior nível desde 1º de setembro do ano passado.

Dois fatores têm contribuído para a entrada de capitais no Brasil e na América Latina. O primeiro é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que provocou o deslocamento de capitais do leste europeu para países latino-americanos.

A alta das commodities impulsionada pelo conflito estimula a entrada de divisas em países exportadores de matérias-primas, como o Brasil. A cotação do barril de petróleo do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, apresentou um aumento de 1,4%, indo para US$ 120,65.

O segundo fator é a alta de juros em todo o continente. No Brasil, a taxa Selic está em 11,75% ao ano, no maior nível desde abril de 2017. Assim, com os juros altos, os investidores estrangeiros buscam países emergentes.

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