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Dólar cai a até R$ 5,32 e Bolsa sobe à espera da 'Superquarta', com decisões do Fed e do BC

Por volta das 10h11, o dólar à vista cedia 0,55%, a R$ 5,324, e a Bolsa subia 0,53%, a 143.034 pontos

Por FolhaPress
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Dólar cai a até R$ 5,32 e Bolsa sobe à espera da 'Superquarta', com decisões do Fed e do BC

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O dólar abriu em queda e o Ibovespa em alta nesta segunda-feira (15), com os investidores começando a semana à espera da chamada "Superquarta" (17), quando o Banco Central e o Federal Reserve (o banco central americano) decidirão os juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Por volta das 10h11, o dólar à vista cedia 0,55%, a R$ 5,324, e a Bolsa subia 0,53%, a 143.034 pontos.

Nesta segunda, o mercado repercute o Boletim Focus, com economistas consultados pelo Banco Central reduzindo suas estimativas para a inflação neste ano (de 4,85% para 4,83%) e ajustando para baixo suas projeções para a taxa básica de juros em 2026.

Além disso, o IBC-Br (índice de Atividade Econômica do Banco Central) de julho mostrou uma desaceleração maior que a esperada por analistas, com uma queda de 0,5% ante junho.

Foi o terceiro mês consecutivo de recuo do índice, que é visto como um sinalizador do Produto Interno Bruto. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam contração de 0,2%. As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) abriram em baixa nesta segunda-feira, após a divulgação do indicador.

Na semana, nos EUA, a expectativa é do primeiro corte de juros deste ano pelo Fed, de 25 pontos na taxa básica, e por aqui o BC deve manter a Selic em 15% ao ano. Os comunicados das decisões serão acompanhados com atenção, na expectativa de sinalização dos próximos passos da política monetária de ambos os países.

"A semana passada foi marcada por uma apreciação do real, principalmente por conta da crescente expectativa de que o Fed irá baixar juros, ainda mais em um cenário em que o Banco Central deve manter a Selic em 15%. Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real", avalia Daniel Teles, sócio da Valor Investimentos.

"O dólar mostra tendência de queda nesta segunda, em linha com o movimento externo de enfraquecimento da moeda americana", diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. "A moeda americana apresenta fraqueza desde sexta-feira, por conta da consolidação das apostas de um ciclo de cortes de juros pelo Fed."

No radar, estão ainda possíveis retaliações dos EUA após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses. Na última quinta (11), o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o país responderá "adequadamente" ao que chamou de novo de "caça às bruxas" contra Bolsonaro.

Na última sexta (12), beneficiado por fluxo estrangeiro, o dólar fechou o pregão em queda de 0,70%, a R$ 5,353, o menor patamar desde junho do ano passado, segundo dados da CMA. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,61%, a 142.271 pontos.

Para analistas, a perspectiva de cortes nas taxas de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve (o banco central americano) ajuda a atrair recursos para o Brasil, valorizando o real. Durante o pregão, a moeda americana chegou a ser negociada no patamar de R$ 5,34.

"O dólar está caindo principalmente por conta de três cortes de juros que o mercado já está precificando nos Estados Unidos, que devem acontecer neste ano", diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos.

É a mesma avaliação de Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank. "Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real", afirma.

A confiança do consumidor dos EUA, indicador divulgado pela Universidade de Michigan, caiu pelo segundo mês consecutivo em setembro, conforme os consumidores observaram riscos crescentes para as condições de negócios, o mercado de trabalho e a inflação.

"Os consumidores americanos se mostraram mais pessimistas nesse mês de setembro, e isso ajudou a consolidar a perspectiva de que vai ter corte de juros nos Estados Unidos", aponta Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Já o Ibovespa operou o dia todo em queda, em movimento de correção após renovar máximas nesta quinta (11).

"Existe o risco de que os Estados Unidos coloquem mais alguma punição, seja sanção, seja tarifa", diz Mattos, da StoneX. "O fato é que essa condenação dificulta uma solução negociada entre Brasil e Estados Unidos para tentar reduzir essas tarifas."

O mercado ainda avaliou os dados de serviços no Brasil em julho, divulgados pelo IBGE. O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,3% em julho sobre o mês anterior, em linha com o esperado por economistas. Foi a sexta alta mensal consecutiva do setor, que segue mostrando resiliência em meio ao aperto monetário.

Para a equipe da Ágora Investimentos, o tom mais contido no exterior e um receio entre os investidores sobre uma possível reação dos Estados Unidos ao desfecho do julgamento de Bolsonaro no STF poderiam prejudicar o desempenho dos ativos locais nesta sexta-feira, conforme relatório a clientes.

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