Doria chama pesquisa do PSDB de "tentativa de golpe"

Partido fará reunião extraordinária para definir se ex-governador seguirá na disputa presidencial

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FOTO: Valter Campanato/Agência Brasil

Em carta encaminhada neste sábado (14), ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, o pré-candidato à Presidência da República pelo partido, João Doria, afirmou que a contratação de uma pesquisa para definir a candidatura única da terceira via era uma "tentativa de golpe". 

“Apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe continuaram acontecendo”, escreve Doria. As informações são da CNN.

Em resposta à carta, Araújo convocou uma reunião extraordinária já para terça-feira (17), junto à Executiva Nacional da sigla, além da bancada do partido da Câmara e do Senado. Na ação, o dirigente da legenda deverá se colocar contra a candidatura de Doria.

A pesquisa contratada será realizada pelo Instituto Guimarães Pesquisa e Planejamento, considerando tanto critérios de pesquisa quantitativa, quanto qualitativa, para definir o candidato da terceira via ao Palácio do Planalto. O acordo foi feito em conjunto pelo MDB, PSDB e Cidadania.

“O Brasil vive um momento grave de nossa história em que o PSDB e outros partidos do centro democrático têm a obrigação de oferecer uma alternativa à sociedade brasileira”, escreve o presidente nacional do PSDB, ao convocar a reunião.

Doria, por sua vez, afirmou que os critérios estabelecidos, como má colocação nas pesquisas eleitorais e altos índices de rejeição, são “desculpas estapafúrdias”.

“As desculpas para isso são as mais estapafúrdias, como, por exemplo, a de que estaríamos mal colocados nas pesquisas de opinião pública e com altos índices de rejeição, cinco meses antes do pleito. Pesquisas de opinião refletem o momento e não podem servir de guia único para o voto do eleitor, muito menos podem servir para guiar os destinos do partido na eleição”, escreveu em documento assinado também por seu advogado, Arthur Rollo.

Doria descreve que a medida “não passa de subterfúgio para abandonar as diretrizes já, soberana e democraticamente, definidas pelos filiados nas prévias do partido”.

Segundo o ex-governador, ele segue a disposição do PSDB para a “formação de projetos com outras agremiações”, mas não pretende abrir mão “da posição de protagonista do projeto nacional do nosso partido”. 


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