Duas pessoas são presas durante operação que investiga rede de abortos clandestinos
Suspeitos ligados a grupo investigado no Rio Grande do Sul.

Foto: Divulgação
Um casal foi preso nesta segunda-feira (8) durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Aurora, que investiga uma rede criminosa interestadual voltada ao tráfico de medicamentos controlados utilizados em abortos clandestinos. A operação na Bahia foi realizada em Irecê e Itaguaçu. As ações visam desarticular uma organização criminosa responsável pela venda ilegal do medicamento com valores expressivos em diversos estados.
O casal é formado por um homem de 23 anos e uma mulher de 26 anos. Eles foram localizados em uma residência no bairro Boa Vista, em Irecê, e autuados em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de armas. Junto com os suspeitos foram apreendidas armas, munições, entorpecentes, celulares e anotações relacionadas à atividade criminosa. Todo o material foi encaminhado para perícia. Os suspeitos estão detidos e seguem à disposição da Justiça.
Como a rede de aborto foi descoberta?
A investigação teve início após um aborto ocorrido em Guaíba, no Rio Grande do Sul, em 2 de abril deste ano, quando uma mulher procurou atendimento médico com fortes dores e expeliu dois fetos. Durante depoimento, ela afirmou ter adquirido o misoprostol pela internet e recebido orientações de forma remota, porém ficou sem resposta durante o processo, o que contribuiu para a necessidade de atendimento emergencial.
A partir das investigações, foram identificados administradores do grupo responsável pela venda do medicamento e pelo acompanhamento virtual do procedimento, com ramificações na Paraíba, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.


