Ecoansiedade: 42% dos brasileiros sentem impactos das mudanças climáticas na saúde mental, diz pesquisa
Levantamento publicado pelo Panorama da Saúde Mental 2025, nesta segunda-feira (3), ouviu 10 mil brasileiros

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Um relatório do Panorama da Saúde Mental 2025, publicado nesta segunda-feira (3), em uma parceria entre o Instituto Cactus e a AtlasIntel, revelou que cerca de 42% dos brasileiros sentem ou já sentiram algum impacto na saúde mental relacionado às mudanças climáticas.
De acordo com a pesquisa, em relação à crise climática, 58% dos entrevistados afirmaram sentir-se nervosos(as), ansiosos(as) ou inquietos(as), enquanto 51% sentem medo e 44% preocupam-se demais com o assunto.
Além disso, 48% dos entrevistados afirmaram não conseguir parar de pensar nas perdas ambientais, 42% nas mudanças climáticas futuras, 42% em outros problemas globais e 41% em eventos passados.
No cotidiano, 34% revelaram possuir dificuldades para dormir, 35% em trabalhar ou estudar e 33% em aproveitar momentos sociais com familiares e amigos. Além disso, cerca de 35% também relatam ansiedade sobre a própria responsabilidade ou o impacto de suas ações no meio ambiente.
No entanto, 50% dos entrevistados afirmam não sentir medo, enquanto 55% não sentem preocupação excessiva em relação à crise climática.
Ainda segundo o levantamento, 63% dos brasileiros declaram não sentir ansiedade em relação à própria responsabilidade e 66% em relação ao impacto individual no planeta.
A pesquisa também revelou que 77,2% dos brasileiros se consideram frustrados diante da atuação dos poderes públicos ou da falta de consciência da população em relação às mudanças climáticas.
O levantamento ouviu 10 mil pessoas com mais de 16 anos de todas as regiões do Brasil.


