Economia brasileira tem a menor participação no PIB global em mais de 40 anos

Deve encerrar o ano com deste ano com a participação de 2,3%

Por Da Redação
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Economia brasileira tem a menor participação no PIB global em mais de 40 anos

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Brasil deve registrar o pior desempenho na economia em cenário mundial, ao final deste ano com a participação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2,3%. O que seria a mais baixa desde 1980, quando teve início a série histórica do Fundo Monetário Internacional (FMI).  

Isso se dá devido ao fraco desempenho da economia brasileira nos últimos anos levou a uma perda de relevância do País no cenário mundial. 

Apesar das tentativas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reinserir o País no cenário global com viagens para China, Estados Unidos e Europa, os dados do Fundo mostram um cenário diferente.

Na década de 1980, o Brasil chegou a responder por 4% da economia do mundo, mas segundo as informações do Fundo, a porcentagem deve seguir em queda pelos próximos anos. O desempenho do PIB brasileiro tem sido inferior ao de outras economias, sobretudo, na comparação com as emergentes.

“O Brasil tem um problema sério de crescimento. Perdeu a década de 80, cresceu bem devagar nos anos 90, teve sorte na primeira década deste século por causa do crescimento da China e pelos preços de commodities, mas os últimos anos voltaram a ser perdidos”, diz Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs.

Os dados que tratam da atividade global foram atualizados neste mês pelo FMI. A participação dos países na economia global é medida em Paridade do Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), para deixar mais justa a comparação entre as diferentes economias.

“Depois do ciclo do crescimento com industrialização dos anos 30 ao final dos anos 70, o Brasil parou de se desenvolver”, acrescenta Márcio Holland, professor da Fundação Getulio Vargas e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Holland destaca que o pouco desenvolvimento na área educacional influencia nos dados. “Infelizmente, para padrões internacionais, a qualidade educacional brasileira é extremamente trágica, desde a primeira infância, passando pelo ensino básico e médio.”

Para mudar este cenário, além de investir em capital humano para qualificar a mão de obra, será preciso avançar no ambiente de negócios, na qualidade de investimento tanto em capital físico como em pesquisa e inovação e abrir a economia brasileira para o mundo.
 

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