Eduardo Bolsonaro, Ramagem e Zambelli têm salário cortado, mas custam R$ 400 mil por mês à Câmara
Mesmo fora do país, os parlamentares mantêm seus gabinetes em atividade

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados | Vinicius Loures/Câmara dos Deputados | Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados cortou os salários dos parlamentares Alexandre Ramagem (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Além disso, os valores de cota parlamentar também foram suspensos, no entanto, os gabinetes dos três deputados seguem em atividade e gerando custos à Casa.
De acordo com a Câmara, cada parlamentar possui R$ 133.170,54 para contratar até 25 funcionários, com salários que vão individualmente até R$ 18.179,88. Juntos, os três deputados possuem 27 funcionários, gerando uma despesa de R$ 400 mil.
Em setembro, Ramagem foi condenado pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e um mês de prisão por integrar o núcleo 1 da trama golpista. Este foi o último mês em que ele recebeu seu salário de R$ 46.366,19. No entanto, em outubro e novembro, o deputado continuou recebendo valores da cota parlamentar, R$ 20.848,29 e R$ 230,00, respectivamente.
Já Zambelli, condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, teve salário pago até maio deste ano. Em junho, o STF decretou sua prisão definitiva. A parlamentar segue presa na Itália.
Eduardo foi pago até julho deste ano. Seu salário, no entanto, só foi repassado integralmente até março, quando ele solicitou licença do cargo. A licença terminou em 20 de julho. O deputado está morando nos Estados Unidos.


