Educafro pede ao MPF ação penal por racismo contra Sérgio Camargo

Presidente da Fundação Palmares usa palavras pejorativas em relação a integrantes de religiões de matiz africana

Por Da Redação
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Educafro pede ao MPF ação penal por racismo contra Sérgio Camargo

Foto: Fundação Palmares/Divulgação

A Fundação Educafro, com sede em São Paulo, pediu nesta quarta-feira (3), que o Ministério Público Federal (MPF), em Brasília, abra uma ação penal pelo crime de racismo contra o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, por declarações vazadas em um áudio em que ele faz discriminações raciais contra integrantes de religiões de matizes africanas.

No áudio, divulgado pelo Jornal "O Estado de São Paulo", Sérgio Camargo diz que "não vai ter nenhum centavo para macumbeiro" enquanto estiver à frente da entidade. Na mesma gravação, ele chama negros de "escória".

Na medida apresentada ao MPF, o advogado da Educafro, Irapuã Santana, defende que o caso se enquadra em crime de racismo previsto no artigo 20 da lei 7.716/89, que trata da discriminação ou preconceito por raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena para o crime é de 1 a 3 anos de reclusão, mais multa.

Ainda na gravação, de acordo com a representação da Educafro, Sérgio Camargo diz ainda: "Tem gente vazando informações aqui para a mídia, vazando para um mãe de santo, uma filha da p... de uma macumbeira, uma tal de mãe Baiana, que ficava aqui infernizando a vida de todo mundo. [...] Não vai ter nada para terreiro na Palmares enquanto eu estiver aqui dentro. Nada. Macumbeiro não vai ter nem um centavo". A representação da Educafro será distribuída a um procurador da República, que decidirá se denuncia ou não Camargo à Justiça Federal.

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