Em Brasília, governadores articulam 'pacto pela democracia'

Para Rui Costa, comportamento do presidente afeta investimentos no Brasil

Por Da Redação
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Em Brasília, governadores articulam 'pacto pela democracia'

Foto: Reprodução/Twitter

Governadores e vice-governadores de quase todos os estados se reuniram nesta segunda-feira (23), no Palácio do Buriti, para discutir temas relacionados à defesa da democracia e das instituições, da reforma tributária e também de projetos para a proteção do meio ambiente. Na ocasião, os governadores questionaram apontamentos e falas recentes do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e avaliam criar um "pacto em defesa da democracia".

A sugestão foi dada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e corroborada por João Doria (PSDB). Ambos são opositores ao governo federal. "Precisamos criar um ambiente de diálogo, de segurança, principalmente para os investidores, para atração de investimentos, nesse desafio de criar emprego e renda. E aqui a proposta é criar, junto com o pacto pela vida que foi criado lá atrás, um pacto em defesa pela democracia”, disse Dias . 

“Que possamos nós, Fórum dos Governadores, abrir diálogo com município, Câmara, Senado, STF, Executivo, empresários, trabalhadores, ter esse compromisso. De um lado com a democracia, o respeito à Constituição, e também às instituições e, com isso, possamos ter aí a criação de um ambiente de enfrentamento a este momento", completou.

Já João Doria afirmou que o país sofre uma ameaça constante à democracia. “Basta observar as manifestações de Jair Bolsonaro, que flerta com o autoritarismo constantemente. E muitos dos seus ministros endossam isso. Isso afronta os princípios da democracia. Cabe a nós, sim, seres políticos nos manifestar", afirmou. 

Além disso, o tucano respondeu a um comentário feito pelo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), que sinalizou contrariedade ao pacto. "Respeito a posição daqueles que entendem que o presidente pode estar certo ao fazer isso, mas quero deixar claro que eu vou defender a democracia, a Constituição e a suprema corte", disse.

Nesta segunda, Bolsonaro afirmou que participará de dois atos a favor do governo federal no dia 7 de setembro, em Brasília e em São Paulo. No encontro, Doria classificou essas manifestações de "ruidosas" e disse que elas colocam "em risco a democracia". O presidente, entretanto, defende que o povo tem "o direito de se manifestar". 

Ainda no evento desta segunda, outro opositor de Bolsonaro, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), destacou também a crise econômica pela qual o Brasil passa. "Além de ameaçar a democracia, é uma tragédia pró-emprego e para renda. É notória a repercussão deste comportamento do presidente nos investimentos externos do Brasil e o grande prejuízo que isso trouxe para a economia dos estados. Sem falar na sua postura autoritária e jogar no colo dos governadores os efeitos nefastos dessa política econômica federal", afirmou.


 

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