Em entrevista exclusiva, ator Johnnas Oliva fala da relação com o teatro e dos trabalhos no cinema

Ele também contou da relação familiar com a Bahia

[Em entrevista exclusiva, ator Johnnas Oliva fala da relação com o teatro e dos trabalhos no cinema]

FOTO: Gabriel Bertoncel

O ator Johnnas Oliva falou com exclusividade com o Farol da Bahia, onde contou da paixão dele pelo teatro e da carreira que já completa 20 anos.

Farol da Bahia: Como se sente atuando em grandes canais de comunicação e projetos e longa-metragem? Quais as expectativas para os trabalhos que serão lançados em 2020?

Johnnas Oliva: “Me sinto muito feliz e realizado, crescendo cada vez mais como ator e tendo a sabedoria de poder escolher os caminhos a seguir, projetos interessante chegam a mim e outros que não me interessam, que não me "encaixo". Consigo ter a percepção de não fazê-los, mesmo às vezes estando sem trabalho, é preciso ter sabedoria e paciência nesse ofício.

Os longas que fiz e que estrearão em 2020, quis estar neles. Um é o filme “Todo Carnaval Tem Seu Fim”, dos diretores Vitor Baumgratz e Zé D'Oliveira, distribuído pela O2 Play. Filme divertido que retrata o carnaval de rua de São Paulo, tem o filme “A Grande Mentira”, do diretor Leandro D'Errico. Faço meu primeiro protagonista em longas-metragens, foi um convite lindo e é um roteiro muito potente, os outros dois longas eu faço participações bem interessantes, um é o filme “Galeria Futuro”, do diretor Fernando Sanches e o outro filme é o “O Segundo Homem”, do diretor Thiago Luciano. Foram dois convites muito bons de ter recebido, queria estar juntos deles e poder contar essas histórias de alguma forma.

E em 2020 também irei estrear a série “Bom Dia, Verônica”, da Netflix, com direção do genial José Henrique Fonseca. Gostei muito do meu personagem, Lima, e de poder contar esta densa e impressionante história. Os autores Ilana Casoy e Raphael Montes escrevem muitíssimo bem, história e roteiro muito inteligentes, e cheio de curvas dramáticas que deixaram o expectador interessadíssimo pela série.”

FB: A sua preferência sempre foi o cinema ou também gosta de atuar no palcos? Você se sente realizado no ofício de ator?

JO: “Eu sou um ator que vim do teatro, nunca e jamais o deixarei. O teatro é meu verdadeiro respiro e onde tenho os maiores desafios. Fiz 22 peças em 20 anos de carreira, mas o cinema e a televisão também veio com muita força na minha vida e os projetos que fiz e faço são incríveis, como os diretores que estão na minha lista de favoritos. Filmar uma série, dependendo do tamanho, vai de 3 a 6 meses de trabalho e assim o teatro vai ficando para outro momento. Minha paixão pelo cinema só aumenta e ainda quero crescer muito nele e ser um grande ator de cinema e teatro.”

FB: Como enxerga o mercado cinematográfico no Brasil, será que é preciso mais incentivo?

JO: “Com certeza o cinema deveria muito virar uma "indústria" potente, como em Hollywood e em Bollywood. Lá, as pessoas vivem de cinema e vivem muito bem, ganhando muito bem. Aqui, ainda não é assim, um ator brasileiro não chega a ganhar 15% do que um ator de hollywood ganha para protagonizar um filme. O Governo tem que olhar com mais carinho e com mais respeito para a nossa Cultura e para o nosso cinema. Nós aqui mostramos através do cinema a nossa cultura, a potência que tem nosso país, contamos quem são nossos brasileiros, independente da classe social, profissão, raça e crenças. O cinema retrata o que nós somos, os bons e os ruins. O cinema também forma excelentes cidadãos e emprega milhares de pessoas, as pessoas que fazem cinema trabalham com muito amor e com muito esforço, é um trabalho braçal, emocional e tudo para levar histórias e amor ao povo. E por isso que mais do que tudo o próprio povo brasileiro tem que ir mais às salas de cinema, divulgar mais no boca a boca o nosso cinema para as pessoas. Assim teremos mais incentivos do povo e, quem sabe, mais incentivos do Governo.”

FB: Você já esteve na Bahia ou tem vontade de visitar?

JO: “Já estive na Bahia algumas vezes, amo este lugar e sou metade baiano. Meu pai, Francisco, nasceu na Bahia. Tenho tios e primos em Paulo Afonso. Amaria conhecer Paulo Afonso, na correria da vida em São Paulo e Rio de Janeiro, ainda não consigo ir para ficar uns bons dias, mas aceito convites (risos).”

FB: Poderia mandar um recado para a equipe do Farol da Bahia?

JO: “Um grande abraço à equipe do Farol da Bahia que leva conteúdo jornalístico e cultural para o povo baiano. Vida longa a vocês e obrigado pela atenção. Um beijo aos baianos que admiro muito mesmo.”


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