Em pandemia, queixas contra crédito consignado crescem 60%

Principais reclamações são de idosos, pensionistas e aposentados

[Em pandemia, queixas contra crédito consignado crescem 60%]

FOTO: Reprodução

Reclamações sobre crédito consignado aumentaram 60% durante a pandemia do novo coronavírus. Por outro lado, concessões de empréstimos consignados a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que tem juros mais baixo e desconto direto na folha de pagamento, registraram aumento de 25%. 

Entre as reclamações mais comuns feitas pelo público mais vulnerável: idosos, pensionistas e aposentados, são de que não sabem o que assinaram. Nesse caso, o Procon pode intervir para anular o contrato. Mas é importante que a reclamação seja registrada no site do Procon ou no INSS, para que tal cobrança fique suspensa até esclarecimento das partes.

Outra reclamação também é sobre a fragilidade desse público ao marketing agressivo dos captadores de empréstimos, onde alegam que foram convencidas e manipuladas a assinarem o contrato de empréstimo. 

Conforme dados do Procon de São Paulo, entre janeiro e junho deste ano, foram registradas 1.760 reclamações, enquanto que em 2019 o número era 1.190. Já o valor total de operações contratadas por aposentados e pensionistas passou de R$ 37 bilhões, em 2019, ara R$ 46,1 bilhões neste ano, segundo o boletim mensal de Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central.

Para obter o crédito consignado, o beneficiário precisa se atentar as taxas que são cobrada pelo benefício. Para os aposentados, a taxa varia entre 1,51% (Caixa) e 1,73% (Itaú) ao mês. Para o funcionário público, entre 1,28% (Caixa) e 1,65% (Itaú), e para o empregado do setor privado, de 1,45% (Caixa) a 2,40% (Itaú) ao mês.

É preciso se atentar também ao fato de que o INSS permite até nove contratos, desde que a soma total não ultrapasse a margem de 30% da renda. Segundo o órgão, o número de contratos de empréstimos consignados ativos para aposentados e pensionistas chegou a 34,4 milhões em junho.


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