Em retaliação a China, Biden não vai a Jogos de Inverno em Pequim

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros membros do governo decidiram não ir aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, a ser realizado em Pequim, no mês de fevereiro. A causa seria uma retaliação diplomática à China. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6), pela secretária de imprensa Jen Psaki.

“O governo Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim 2022, devido ao genocídio em andamento e aos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”, disse Psaki.

A medida tomada do governo americano é um boicote diplomático para pressionar a China por causa das violações de direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang. A decisão, no entanto, não afeta os atletas que vão competir nos Jogos.

“Os atletas da equipe dos EUA têm todo o nosso apoio. Estaremos 100% com eles enquanto torcemos em casa. Não estaremos contribuindo para a fanfarra dos jogos”, continuou.

Em contato com a agência francesa "AFP", um porta-voz afirmou que o Comité Olímpico Internacional (COI) respeita a posição dos EUA e está satisfeito pelo boicote não atingir os atletas.

"A presença de autoridades governamentais e diplomáticas é uma decisão puramente política de cada governo, que o COI, em sua neutralidade política, respeita plenamente", disse o comunicado enviado à "AFP".