O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 teve a primeira prova aplicada ontem (17). Quem fez o exame encontrou perguntas sobre desigualdade salarial entre Neymar e Marta, escravização de chineses e uma proposta de redação sobre o estigma da saúde mental. A segunda prova está marcada para o próximo domingo (24).  

Originalmente prevista para ocorrer em novembro de 2020, a avaliação está sendo aplicado em 2021 por causa do adiamento em razão da pandemia do novo coronavírus. Para o ministro da Educação, Milton Ribeiro, a realização do Enem 2020 "foi um sucesso". "No meio de uma crise, mobilizar milhões de pessoas, para mim foi um sucesso", afirmou Milton Ribeiro.

No entanto, apesar do relato do ministro da pasta, houve candidatos barrados na porta de sala de prova no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo porque os locais já estavam com a lotação acima do que estabelecia o protocolo contra a Covid-19.

Os candidatos que participaram das provas tiveram que responder questões sobre escravização de chineses, Insurreição Pernambucana, independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa e reformas macroeconômicas no governo de Fernando Henrique Cardoso. Também houve perguntas sobre desigualdade de gênero, como uma que abordava a diferença salarial entre os jogadores de futebol Neymar e Marta.

Candidatos com sintomas

Mais de 8 mil alunos em todo o país apresentaram na Página do Participante laudos médicos para comprovarem os sintomas de doenças infectocontagiosas comprovando o estado de saúde para fazerem a prova em outra data, prevista para 23 e 24 de janeiro. O balanço do governo aponta que 10.171 pessoas pediram para participar da reaplicação por estarem doentes. Foram aceitos 8.180 e negados 1.991 pedidos.

Para aqueles que passarem a sentir os sintomas nesta semana, os candidatos poderão encaminhar o laudo médio a partir de hoje (18), segundo o Inep.