Energia elétrica limitará expansão da economia, do comércio e do consumo das famílias, diz Fecomércio-BA
Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses, houve aumento de 22,4% no preço da energia residencial em Salvador

Foto: Reprodução/R7
O PIB – Produto Interno Bruto divulgado nesta quarta-feira (1º) acendeu o sinal de alerta para a economia brasileira. Ela passou de uma expectativa de crescimento de 0,2% no segundo trimestre, para um resultado consolidado de -0,1%. Além disso, houve uma retração de 0,9% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos.
A energia elétrica apresenta um grande desafio para a economia brasileira e baiana. “Por mais que o subsistema dos reservatórios da região Nordeste esteja próximo de 50%, nível que poderia ser adequado, a energia gerada terá que contribuir para abastecer as regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, que estão com níveis mais próximos a 20%”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
A Aneel gerou uma bandeira tarifária acima da vermelha, a mais alta, a da “escassez hídrica”. Em junho, a taxa extra já havia subido mais de 50%, chegando a R$ 9,50 a cada 100 kWh. Agora, a taxa será de R$ 14,20.
Segundo o levantamento feito pela Fecomércio-BA com os dados da Pesquisa Anual do Comércio, do IBGE, do total de despesas nos estabelecimentos comerciais, em média, 12% são gastos com energia elétrica, gás, esgoto, etc. Dessa forma, houve um aumento de 13%, somente na tarifa. Um baque para o empresário do comércio e serviços.
A estiagem nos reservatórios vem trazendo consequências para consumidores e empresários. Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses, houve aumento de 22,4% no preço da energia elétrica residencial na Região Metropolitana de Salvador. “ E esse gasto é o terceiro mais alto no consumo das famílias, perdendo apenas para a gasolina e o plano de saúde. E deve piorar com os novos reajustes das taxas extras”, alerta Dietze.


