Economia
Preço do botijão é reajustado conforme as condições do mercado econômico
FOTO: Reprodução/ Agência Brasil
Em meio à pandemia de Covid-19, com a adoção de medidas restritivas, a exemplo da quarentena, para prevenir a disseminação do coronavírus em todo o mundo, no Brasil, outros problemas foram registrados e entre eles, o aumento do gás de cozinha.
O GLP [gás liquefeito de petróleo] está pesando no bolso dos brasileiros, principalmente no período pós auxílio emergencial, que terminou em dezembro de 2020. No início de fevereiro deste ano, o gás de cozinha sofreu um aumento de 5,88% nos estabelecimentos. Com os reajustes, o produto chegou a ser vendido pelos preços médios entre R$ 85 e R$ 90.
Histórico
Esse aumento nos preços do GLP é registrado desde 1994, quando o gás subiu 828%, número que na categoria dos não alimentos, só ficou abaixo da educação (1.300%) e serviços domésticos (1.100%), de acordo com o Índice de Variação Geral dos Preços.
Em 2003, devido ao aumento acima do preço médio do botijão de gás, o governo Lula optou pelo congelamento dos preços, que completou o primeiro mandado do ex-presidente brasileiro (quatro anos) sem nenhum aumento considerável, se mantendo entre R$ 30 e R$ 32,77.
Durante o período do mandato de Lula (2003 - 2011), o valor do botijão teve uma variação entre R$ 30,17 e R$ 38,89, uma diferença de R$ 8,72 ao longo do período de oito anos, com seus dois mandatos.
Com o início do mandato de Dilma Rousseff, sucessora de Lula, o gás registrou aumento de R$ 38,89 (2011), R$ 39,59 (2012), R$ 42,11 (2013), R$ 44,43 (2014), R$ 45,92 (2015) e R$ 63,21 (2016).
Com o aumento nos preços, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou que em 2017, mais de um milhão e duzentas mil famílias optaram por trocar o botijão de gás por lenha, pelo fato de não terem dinheiro para comprar o GLP, visto que o salário mínimo médio do ano era de R$ 937 e o preço do gás era R$ 66,53.
No governo Temer, esse número aumentou para 14 milhões de famílias que usavam lenha ou carvão para cozinhar. Uma consequência da alta do desemprego e dos preços do gás de cozinha, que no ano custava R$ 69,35.
Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, o número representava quase 20% das famílias do país, ou seja, a cada cinco famílias, uma usava lenha ou carvão em 2018.
2020
Com a disparada no preço, em 2020 o produto chegou a custar R$ 75,04, já no segundo ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro, que anunciou durante sua campanha eleitoral, em 2018, para a Presidência, que o gás de cozinha custaria R$ 35 em seu mandato.
Esse é o reflexo do aumento de preços no país que, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 9,24% em 2020. O percentual é mais que o dobro da inflação oficial, que ficou em 4,52% no mesmo ano.
A alta pode acontecer conforme as condições do mercado, isso inclui as cotações do petróleo e do dólar, que com a pandemia de Covid-19, se manteve em alta durante quase todo o ano passado. O dólar, por exemplo, disparou quase 30% e contribuiu para o encarecimento da matéria-prima do gás.
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