Entenda ponto a ponto os crimes pelos quais a PGR pede condenação de Bolsonaro e outros sete réus
Segundo a PGR, Bolsonaro liderou a articulação do plano golpista

Foto: Marcelo Camargo/Valter Campanato/José Cruz/Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista.
A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, por volta das 23h45, e faz parte das alegações finais, a última fase antes do julgamento dos acusados, que deve ocorrer em setembro deste ano.
Segundo a PGR, Bolsonaro liderou a articulação de um plano para desacreditar o sistema eleitoral e incitar medidas de exceção contra as instituições.
Veja abaixo a lista dos réus e os crimes atribuídos a cada um:
Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
• Organização criminosa armada
• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Tentativa de golpe de Estado
• Dano qualificado contra o patrimônio da União
• Deterioração de patrimônio tombado
Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin e deputado federal)
• Organização criminosa armada
• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Tentativa de golpe de Estado
Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
• Organização criminosa armada
• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Tentativa de golpe de Estado
• Dano qualificado contra o patrimônio da União
• Deterioração de patrimônio tombado
Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
• Organização criminosa armada
• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Tentativa de golpe de Estado
• Dano qualificado contra o patrimônio da União
• Deterioração de patrimônio tombado
Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
• Organização criminosa armada
Braga Netto (ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro)
• Organização criminosa armada
• Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Tentativa de golpe de Estado
• Dano qualificado contra o patrimônio da União
• Deterioração de patrimônio tombado
Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)
Mauro Cid é tratado como réu colaborador. A PGR reconhece que ele contribuiu para esclarecer a estrutura da organização criminosa, mas aponta omissões relevantes em sua colaboração.
O Ministério Público pede a redução de 1/3 da pena, mas não o perdão judicial.