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Envenenamento e intoxicação são uma das principais causas de internação entre crianças no Brasil

Especialista dá dicas para evitar acidentes dentro de casa

Por Ane Catarine Lima
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Envenenamento e intoxicação são uma das principais causas de internação entre crianças no Brasil

Foto: Getty Images

No Brasil, a intoxicação ou o envenenamento é a quinta maior causa de internação por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos. Um levantamento do Ministério da Saúde, divulgado em 2019, apontou que 3.876 pessoas dessa faixa etária foram hospitalizadas por esse motivo e, em 2020, outras 105 mil. Na comparação entre os dois anos, os casos referentes à intoxicação cresceram 8%. Devido ao grande número de casos, especialistas alertam para que os pais se atentem aos objetos que ficam ao alcance das crianças.

De acordo com Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), crianças pequenas são intoxicadas, em geral, por produtos e objetos que estão dentro de casa. Segundo ela, é comum que os acidentes aconteçam com medicamentos, produtos de limpeza, cosméticos, inseticidas, tintas, solventes, entre outros.

“Colocar coisas na boca e experimentar seu gosto é o modo como crianças pequenas exploram o ambiente. Isso ocorre em um rápido momento de distração dos adultos. Em média, 30% dos óbitos acontecem nos meses de janeiro, julho e dezembro, quando o risco de acidentes domésticos aumenta, incluindo a intoxicação exógena”, alerta a psiquiatra.

De acordo com ela, a maioria das intoxicações em crianças pode ser tratada, se for dado atendimento imediato. “Se achar que seu filho ingeriu algo tóxico, fique atento aos seguintes sinais e sintomas: manchas estranhas na roupa da criança, queimaduras nos lábios ou na boca, salivação excessiva ou hálito com odor forte, náuseas ou vômitos de início súbito e sem explicação, dor abdominal sem febre, dificuldade para respirar, alterações súbitas de comportamento (sono, irritabilidade ou excitação). Em casos mais sérios, pode haver até convulsões ou perda de consciência”, explicou a especialista.

“Cerca de 90% dos acidentes domésticos poderiam ter sido evitados com medidas de prevenção. Por isso, é fundamental orientar as famílias sobre o assunto’’, completou Danielle Admoni. Com o objetivo de combater o envenenamento e a intoxicação infantil, a especialista listou algumas dicas:

- Não tome medicamentos na frente de crianças, pois elas gostam de imitar os adultos;
- Não chame medicamentos de “balinha”, ou ‘’docinho’’ só para que ela aceite tomar;
- Cheque o rótulo e a dosagem prescritos, principalmente na madrugada, e com uma luz acesa;
- Nunca mude a embalagem de um produto, colocando substâncias tóxicas em garrafas de refrigerante ou latas de alimentos;
- Dê preferência a embalagens de medicamentos que tenham tampas de segurança;
- Não permaneça com o motor do carro ligado em uma garagem fechada. Ao sentir cheiro de gás, desligue imediatamente e chame a companhia de gás;
- Não ofereça embalagens ou frascos contendo medicamentos para uma criança brincar. Afinal, remédio não é brinquedo;
- Deixe o telefone do SAMU (192) e do Centro de Intoxicações sempre em local de fácil acesso, inclusive para babás ou outros cuidadores da criança.
 

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