Equipe econômica do governo estuda estender o pagamento do auxílio emergencial
Segundo o ministro da Economia, em caso de uma segunda onda da doença, o governo já sabe a parcela dos beneficiários que "realmente precisam" receber o auxílio

Foto: Agência Brasil
A equipe econômica do governo federal já estuda como pode ser estendido o pagamento do auxílio emergencial caso a extensão dos efeitos da pandemia no início de 2021 se confirmem. Ontem (23), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, em caso de uma segunda onda da covid-19, o governo já sabe a parcela dos beneficiários que "realmente precisam" continuar recebendo o auxílio.
Mas a dúvida principal dos técnicos da equipe econômica é saber como estender o pagamento do benefício sem furar o chamado teto de gastos.
Caso a prorrogação seja aprovada pelo Congresso, sem ser via crédito extraordinário, os gastos com o pagamento do auxílio vão concorrer com o teto de gastos no espaço orçamentário, cortando ainda mais despesas que não são obrigatórias.
Para Daniel Couri, diretor da Instituição Fiscal Independente do Senado, o problema é de "interpretação". Segundo ele, “deveria ter uma interpretação menos restritiva para que as despesas com a pandemia em 2021 fiquem fora do teto”. “Em 2021, ainda precisaríamos socorrer as pessoas porque eles não têm emprego e a vida delas não voltou ao normal”.