Especialistas afirmam que cerveja tem os mesmos benefícios para o coração que o vinho
Diferença dos benefícios está no tipo da bebida
Por essa muita gente não esperava: De acordo com especialistas da área da nutrição, a cerveja é tão saudável quanto o vinho – se consumida de forma moderada. Ou seja, até um copo por dia para as mulheres e dois para os homens. A grande diferença dos benefícios está no tipo de bebida: o vinho tinto é melhor do que o vinho branco. Já a cerveja artesanal é mais benéfica do que a tradicional. Vale destacar, que a fama do vinho como uma bebida saudável não é nova. Na década de 1980, pesquisadores notaram que os franceses mantinham uma dieta mais rica em gordura saturada e colesterol e, ainda assim, apresentavam taxas mais baixas de doenças cardíacas e morte prematura do que o esperado para pessoas com dietas gordurosas.
Perante os resultados surpreendentes, os cientistas decidiram investigar o porque do vinho ser benéfico. Um trabalho divulgado em 2006 identificou uma possível causa: o reveratrol. De acordo com a equipe de investigação, a uva é composta de polifenóis – substâncias com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Entre os polifenóis mais importantes estaria o resveratrol – muito presente no vinho tinto. Por causa desta descoberta, surgiu a crença de que o vinho tinto era mais saudável do que o branco.
Cerveja
Mais, recentemente, cientistas alimentares decidiram analisar consumidores de cerveja que mantinham uma dieta saudável. Os resultados mostraram que, em quantidades moderadas, a cerveja é tão benéfica para o coração quanto o vinho tinto. “O vinho tinto tem sido a bebida alcoólica mais estudada. No entanto, estudos epidemiológicos e ensaios clínicos recentes revelam relações semelhantes para a cerveja”, afirmou Demóstenes Panagiotakos, da Universidade Harokopio, na Grécia, à revista Time.
Um estudo anterior já havia descoberto que o consumo de cerveja artesanal é melhor para reduzir a incidência de doenças cardíacas e diabetes, comparativamente à cerveja tradicional e outros tipos de bebidas alcoólicas, incluindo o vinho tinto. A explicação para esse resultado está relacionada ao fato de que a versão artesanal não é pasteurizada nem filtrada e, portanto, contém uma maior quantidade de compostos vegetais, leveduras, bactérias, vitaminas e minerais com maior potencial benéfico para a saúde.
Ao investigar a alimentação, os cientistas chegaram a uma conclusão: o vinho era o fator de proteção. Uma das primeiras pesquisas que confirmou essa tese foi publicada em 1992. Segundo a equipe que pesquisou, o consumo de vinho e outros tipos de álcool poderia prevenir ou reduzir bloqueios nas artérias. Alguns anos depois, outro estudo descobriu que beber vinho reduzia o risco de morte precoce.