Especialistas dizem que auxílio deve evitar queda maior do PIB

Queda em 2020 poderia chega a até 9% sem medida

Por Da Redação
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Especialistas dizem que auxílio deve evitar queda maior do PIB

Foto: Reprodução/Internet

O auxílio emergencial, que pode injetar até R$ 300 bilhões na economia, tem efeitos que vão além da manutenção da renda dos trabalhadores que perderam o emprego na pandemia. Especialistas avaliam que os recursos podem reduzir em 27% a queda do PIB (Produto Interno Bruto) e aliviar o caixa do governo, já que R$ 75 bilhões devem voltar aos cofres públicos por meio de arrecadação de impostos.

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, calcula que, sem o programa dos R$ 600, a economia poderia ter um tombo de 2,5 pontos percentuais maior. Como o mercado projeta uma recessão de 6,5% este ano, sem o auxílio, a retração chegaria a 9%, como estima o FMI (Fundo Monetário Nacional). "O auxílio é um dos elementos que ajudam a explicar uma queda menor do PIB. O recuo de 9% do FMI acaba parecendo um pouco forte nessas condições" diz Vale.

O componente que vai fazer o PIB cair menos será o consumo das famílias, que responde por 64,5% da economia. Vale diz que, supondo que todo o benefício seja gasto, adiando o pagamento de dívidas, o consumo cairia 3,7% em vez dos 7,6% previstos. Pedro Schneider, economista do Itaú, prevê na arrecadação de impostos, um retorno de 30% dos R$ 254 bilhões que o governo estima gastar com o benefício, considerando a prorrogação dos R$ 600 por mais dois meses, anunciada semana passada.

Considerando os pagamento de dívidas ou poupança com o auxílio, e o restante sendo gasto, entrariam R$ 75 bilhões em impostos no caixa do governo. A carga tributária corresponde a 33,5% do PIB. "Um mês de auxilio custa R$ 65 milhões. O Bolsa Família custa R$ 33 bilhões por ano. Muito mais dinheiro está sendo colocado na economia. Isso tem repercussão na atividade econômica e na arrecadação" afirma Schneider.

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