Espião russo que vivia com identidade falsa no Brasil é acusado pelo FBI por mais crimes nos EUA
Sergey Cherkasov está preso no Brasil há um ano e foi condenado há 15 anos

Foto: Reprodução/FBI
O espião russo Sergey Cherkasov foi preso no Brasil há um ano, onde vivia com uma falsa identidade de brasileiro, e foi condenado a uma pena de 15 anos de prisão por uso de documento falso. Agora, esse espião também enfrenta processos nos Estados Unidos.
Na última semana, o FBI, órgão de inteligência dos EUA, publicou um relatório em que indicia Cherkasov por crimes. O texto também descreve como o espião atuava no Brasil e como era a sua vida em território brasileiro. No entanto, apesar das acusações nos EUA, os americanos não decidiram ainda se vão pedir ao Brasil para extraditá-lo.
Outro país que aguarda o andamento do pedido de extradição é a Rússia. Os russos afirmam que Cherkasov é um traficante de drogas, e ele mesmo afirmou que quer ser extraditado para a Rússia para responder pelos supostos crimes. Mas, de acordo com o jornal "Washington Post", autoridades americanas afirmaram que o indiciamento na Justiça dos EUA pode dificultar uma eventual extradição de Cherkasov para a Rússia.
Contudo, no último dia 18 de março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o pedido de extradição só será avaliado após o fim das apurações sobre os supostos crimes cometidos no Brasil. A identidade real de Sergey Cherkasov foi revelada em 1º de abril de 2022. Ele havia viajado do Brasil para a Holanda para começar a trabalhar como estagiário no Tribunal Penal Internacional, em Haia, como se fosse brasileiro. Ele foi preso ao retornar para o Brasil, na carceragem da Polícia Federal em São Paulo no mesmo mês.