Justiça do Equador determina continuidade do processo de impeachment contra presidente Lasso
A decisão pode tornar provável que Lasso dissolva a assembleia e convoque eleições antecipadas para seu cargo e assentos de parlamentares.

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O Tribunal Constitucional do Equador determinou a continuidade das audiências de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso na última quarta-feira (29). Elas foram solicitadas por parlamentares da oposição que no início deste mês prepararam um relatório acusando Lasso de conexões com possíveis crimes contra a segurança do Estado e a administração pública, em meio a investigações do gabinete do Procurador-geral sobre supostos subornos em empresas estatais.
Os congressistas também votaram para retirar o sigilo de arquivos relacionados a investigações de corrupção em busca de evidências para sustentar a tentativa de impeachment, mas nem Lasso, nem nenhum de seus familiares apareceram nos documentos. O apresentador do pedido formal foi um parlamentar do partido do ex-presidente Rafael Correa e teve 59 assinaturas de apoio.
No pedido dizia: “Nesta acusação será demonstrado como o presidente Guillermo Lasso Mendoza participou de uma estrutura de corrupção para obter benefícios para si e para os outros”, e obtiveram uma resposta do governo rejeitando o esforço dizendo: “este pedido carece completamente de elementos políticos e legais que sustentariam um processo contra o presidente” e acrescentando foi uma tentativa de “desestabilização” por parte da assembleia.
Lesso por sua vez negou veemente todas as acusações.